Saserj discute ‘negritude, desafios e resistência’ em roda de conversa na Zona Oeste

20/11/2023

No dia 09 de novembro, a presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Rio de Janeiro – Saserj, Aparecida Guerra, participou de uma roda de conversa intitulada Negritude: desafios, resistência e perspectivas, organizada pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS Zilda Arns, da prefeitura do Rio. O encontro fez parte da celebração do Dia da Consciência Negra, objetivando a valorização e representatividades das potências negras da Zona Oeste do Rio de Janeiro. A roda de conversa aconteceu no Centro de Convivência e Cultura da Zona Oeste – CECCOZO.

Convidada para o debate, Aparecida Guerra, uma assistente social graduada e pós-graduada em Direito Especial da Criança e Adolescente pela UERJ, é uma mulher negra e bisneta de escravizados. Na oportunidade, ela discutiu o processo histórico do povo negro no Brasil, destacando algumas leis que afetaram a população negra, como a lei de 1837 que proibia escravos e pretos africanos de frequentar escolas públicas, a Lei do Ventre Livre de 1871 e a Lei dos Sexagenários de 1885, que não tiveram impacto significativo na população escravizada. Ela também mencionou a proibição legal de pessoas negras possuírem terras até o início do século XX. Apesar dessas adversidades, Aparecida destacou indivíduos que se destacaram em várias áreas, como o escritor Machado de Assis, o autodidata em direito Luiz Gama e a primeira romancista brasileira, Maria Firmino dos Reis, bem como Milton Santos, um geógrafo brasileiro reconhecido internacionalmente, recebeu o título de Doutor Honoris Causa de mais de vinte instituições no Brasil e no exterior. Os irmãos Rebouças, engenheiros baianos, conhecidos pelo túnel que projetaram na zona sul do Rio. Cruz e Sousa, filho de escravizados, que foi jornalista, ativista da abolição e é considerado um dos maiores poetas do simbolismo.

Para Aparecida, essas personalidades, raramente destacadas como afrodescendentes, tiveram suas histórias “clareadas” para se adequar a uma cultura baseada no eurocentrismo.

“Hoje, temos a oportunidade de refletir e compartilhar essas histórias, com a esperança de que esses momentos se multipliquem e se estendam além de novembro”, disse a presidente do Saserj.




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